segunda-feira, 28 de agosto de 2017

On Stage - February 1970






Lado 1
  1. C.C. Rider
  2. Release Me (And Let Me Love Again)
  3. Sweet Caroline
  4. Runaway
  5. The Wonder Of You

Lado 2
  1. Polk Salad Annie
  2. Yesterday
  3. Proud Mary
  4. Walk A Mile In My Shoes
  5. Let It Be Me (Je t´appartiens)

Esse disco apareceu pra mim quando eu andava pela lendária Galeria do Rock em São Paulo com um amigo. Lembro como se fosse hoje de estar na loja Túnel do Tempo onde o Sr. Daniel nos atendendo super bem me disse: Ah, esse disco, só o solo do James Burton em Runaway já paga o disco. Isso foi depois de 1991 quando comecei com minhas incursões até a galeria. Nessa época não havia internet e o único material que eu tinha à mão era uma revista chamada Elvis Documento Histórico de 1985, que depois foi relançada anos depois com outra capa. Nas páginas da revista não havia uma cronologia detalhando um pouco os lançamentos em discos. Nas últimas páginas tinham relacionadas a discografia, filmografia e especiais de TV. Mas informações sobre os discos mesmo não havia.
Esse disco foi o primeiro registro ao vivo de Elvis na década de 70 a década em que Elvis fez mais shows do que qualquer outro artista ou banda. E os lançamentos ao vivo eram uma boa alternativa para o Coronel cumprir a agenda de 3 discos por ano. As sessões de gravação foram nos shows de 15 a 19 de Fevereiro de 1970 no International Hotel em Las Vegas. O disco foi chamado de On Stage, February Para quem está acostumado com discos como o Madison Square Garden de 72, Aloha de 1973, o disco de Memphis de 1974, todos registros ao vivo e com a TCB Band conforme conhecemos. Mas, no On Stage a bateria é do Bob Lanning (exceto em Runaway) e Bob Morris e sua orquestra. Nós como fãs incondicionais da bateria de Ronnie Tutt, temos que reconhecer que o Bob Lanning tem uma “pegada” excelente. O disco já abre com a tijolada no peito que é a C.C. Rider. Essa versão em especial ficou com uma energia tão viva que eu paro para analisar o seguinte: a primeira faixa, do primeiro disco ao vivo da década de 1970, não poderia ser outra senão essa, nessa versão. A canção tem autoria desconhecida e foi gravada pela primeira vez em 1924. Essa canção acompanharia Elvis até sua última turnê. Release Me (And Let Me Love Again) é outra que mostra como Elvis e banda estavam super entrosados para essa temporada. Elvis recém-chegado de tantos e tantos anos em Hollywood, após um especial memorável pela NBC, tinha assumido o compromisso de voltar aos palcos em 1969 e nesse disco a gente pode entender e compreender o passo a passo de todo esse caminho. “Sweet Caroline” de Neil Diamond foi escrita para Caroline Kennedy, filha de JFK. “Runaway” é a única música das sessões de Agosto do ano anterior, 1969. Essa conta com mestre Ronnie Tutt na bateria. “The Wonder Of You” foi lançada em compacto. Fez um sucessão no Brasil. “Polk Salad Annie” é o ponto alto do disco, embora eu ache as versões do filme de ensaio no palco do International Hotel e do show infinitamente melhores. “Yesterday” dos Beatles tem um arranjo legal também. É a primeira música dos Beatles em um disco do Elvis. Curiosamente, em 10 de abril daquele mesmo ano Paul McCartney estampava a capa do Daily Mirror com a manchete “Paul Quits The Beatles”, embora a banda tivesse se separado alguns meses antes. “Proud Mary” e “Walk Mille In My Shoes” junto com as músicas desse disco era a nova abordagem de repertório nos shows de Elvis. Quando estava pra voltar aos palcos em 1969, o repertório foi cuidadosamente elaborado para o público de Vegas. O disco fecha com a (beautiful song) francesa versionada para o inglês, que já tinha sido gravada (e conhecida por muitos pelos Everly Brothers), mas também por Brenda Lee, Peter and Gordon, Nancy Sinatra, Sam & Dave, Tom Jones, Sweet Inspirations, entre tantos outros.
As capas são um espetáculo a parte. O disco sai como On Stage – February 1970 lá fora. Aqui no Brasil (tinha que ser né?) sai em 1970 um On Stage e ELVIS em letras enormes do lado esquerdo da capa, provavelmente porque a gravadora achou que seria difícil (orra) o consumidor distinguir que aquele era um disco do Elvis Presley. Apesar da capa ser diferente no Brasil, a mesma foto da contra capa foi mantida. Em 1986 aqui saiu uma reedição como On Stage February, 1970, porém com outra foto na contra capa. 

capa do americano


 
capa do brasuca

contra capa do americano

contra capa do brasuca de 1986

contra capa do brasuca de 1970

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

16 de Agosto 1977 (40 anos)





Para ilustrar essa postagem, resolvi postar a foto dos três discos que fizeram eu conhecer Elvis. Além dos discos o “meu encontro com o Elvis ainda menino” logo no começo da Elvis Experience. Ao ver aquele display com a foto do menino Elvis, um milhão de coisas passaram pela minha cabeça. Era mais que uma relação de fã e ídolo. Talvez tudo o que passou pela minha cabeça eu não consiga escrever em palavras... Hoje dia 15 de Agosto de 2017, em plena Elvis Week lá em Graceland, por volta das 20:30 da noite começa a vigília onde muitos fãs relembram Elvis mais uma vez (ok, não é bem relembrar, como se a gente o esquecesse). Por dois ou três anos consecutivos, pudemos assistir a vigília on line. Isso foi muito bom, pois esse que vos escreve, como não conseguiu visitar Graceland até hoje, pôde acender uma vela daqui também e acompanhar a vigília aqui do Brasil. Até o momento dessa postagem, não há informação se a vigília será transmitida on line.
Em 1977, segundo minha mãe, ela arrumava minha caminha (eu tinha 2 para 3 anos) e ouviu no rádio a triste notícia. Ninguém me forçou a ouvir Elvis, quanto mais virar fã. Falar de 40 anos sem Elvis é difícil pra mim, pois as primeiras lembranças que tenho dele se referem a seus discos, os três que todo mundo que me conhece já sabe que são o Elvis Today (bate na minha cara mas não fale mal desse disco perto de mim), Elvis By Request Specially For Brazil e o Welcome To My World. Durante a minha infância esses foram os três discos que mais ouvi em casa, por iniciativa própria. Muito antes do Baratta ter vídeo cassete em casa, Elvis, Beatles e Roberto Carlos eram meus melhores amigos, pois os ouvia nos discos enquanto minha mãe devia ouvir o Eli Correia no rádio da cozinha. A notícia pegou todo mundo de surpresa, ninguém estava preparado para aquilo. Da mesma forma que a Crown Eletric não estava preparada para ter o Elvis de chofer de caminhão, da mesma forma que a Sun era pequena para um Elvis grandioso que surgia e ultrapassava os próprios limites, pois era um cara a frente do seu tempo, da mesma forma que RCA não estava preparada para um Elvis mil vezes mais produtor que o Steve Sholes, da mesma forma que Hollywood não estava preparada para um cara que provou que filme com astro do rock com músicas no decorrer do filme são sim um investimento rentável (acho estranho algumas opiniões negativas sobre os filmes de Elvis, mas preciso falar disso em outra postagem um outro dia), da mesma forma que a NBC não estava preparada para um Comeback Special que foi recorde de audiência, da mesma forma que o That´s The Way It Is era pouco para um volume só, da mesma forma que o On Tour foi sucesso absoluto, da mesma forma que o Aloha foi um dos maiores acontecimentos do rock n roll e mundial, da mesma forma que as turnês dos anos 70 não estavam preparadas para acomodar todo  mundo que quisesse ver Elvis In Person, o mundo não estava preparado para perder Elvis Presley.

Depois de 1977, muitos livros foram escritos, muitas matérias foram escritas, muitos discos foram lançados, até os dias de hoje são lançados discos e mais discos pela RCA. Isso sem mencionar os títulos do selo FTD. Graceland foi aberta para visitação pública em 1982 e recebe visitas até os dias de hoje. Principalmente nas “Elvis Weeks”. Filmes como o That´s The Way It Is, On Tour, o Comeback Special, Aloha From Hawaii, todos foram relançados em edições especiais. No caso do Aloha o DVD com o que ficou conhecido como “Alternate Aloha”, o “show ensaio” que fora gravado caso algo desse errado no dia da transmissão Via Satélite. Isso sem contar o “Elvis In Concert” show com a TCB Band e Elvis em um telão gigantesco, show que tem levado fãs de volta aos anos 70 e o privilégio de estar em um show do rei. A “Elvis Experience” exposição gigantesca com itens que pertenceram a Elvis, carros, moto, aparelho de jantar de Graceland, uma das TVs em que Elvis deu uns pipocos, roupas, jumpsuits, cartões de crédito, joias, telefone de ouro, exposição que tivemos o privilégio de ter aqui no Brasil com mais de 500 itens direto de Graceland. Embora muitos discos póstumos que são lançados até os dias de hoje, muitos colecionadores ainda andam na caça por discos da primeira prensagem americana. Isso tudo oficialmente. Fora os vídeos que circulam pela internet de shows da década de 1970, DVDs não oficiais como o “Through My Eyes” que tem outtakes do filme Elvis On Tour, o próprio “In Concert” que tem o Box “The Final Curtain”, o último show de Indianápolis, isso sem contar os filmes de 8 mm que vez ou outra alguém posta na internet. Enfim, Elvis é lembrado até os dias de hoje, reverenciado como rei e amado por seus fãs.

domingo, 6 de agosto de 2017

Welcome To My World






Lado A
1.       Welcome To My World
2.       Help Me Make it Through The Night
3.       Release Me (And Let Me Love Again) (Live)
4.       I Really Don´t Want To Know
5.       For The Good Times (Live)

Lado B
1.       Make The World Go Away (Live)
2.       Gentle On My Mind
3.       I´m So Lonesome I Could Cry (Live)
4.       Your Cheatin´Heart
5.       I Can´t Stop Loving You (Live – Unreleased)

Esse disco saiu em março de 1977. É uma coletânea muito bem montada. Nessa coletânea estão presentes algumas canções do Aloha de 1973, algumas de 1972, entre outras. A RCA americana montava algumas coletâneas e lançava com preço promocional. Não é o caso do “Welcome To My World”. Esse disco também é um dos três discos que me fez conhecer Elvis Presley. Os outros dois eram o Today e o By Request - Specially For Brazil vol 1 (comentado aqui esses dias). Uma coisa legal desse disco é a “I Can´t Stop Loving You” ao vivo é a do Madison, porém do show da tarde de 10 de Junho de 1972. O mesmo dia da “For The Good Times” que é do show da noite e está no disco “Elvis as Recorded at Madison Square Garden”. “Release Me (And Let Me Love Again)” está no disco “Elvis On Stage – February 1970”. Your Cheatin´Heart” é da sessão de 01 de Fevereiro de 1958, Elvis começaria o serviço militar em Março. A “Make The World Go Away” embora esteja classificada como ao vivo, é uma versão de estúdio. Esse disco em comparação com o anterior “From Elvis Presley Boulevard, Memphis Tennessee” (gravado em Graceland) e o “Moody Blue” (também gravado em Graceland, mas com algumas faixas ao vivo), fecha a carreira discográfica de Elvis (até 1977) como uma coletânea com alguns de seus melhores momentos ao vivo e em estúdio. Reforço que é um disco obrigatório para todo fã de Elvis.